Aprovada em dezembro de 2016 pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para tratamento de sobrepeso associado a doenças e obesidade, a lorcasserina está prevista para chegar no país nos próximos dias. Estudos com esse medicamento avaliaram a segurança cardiovascular e concluíram que ele é seguro para os pacientes que sofrem de obesidade e têm riscos cardiovasculares associados.
“A lorcasserina não aumenta risco de infarto ou acidente vascular cerebral (AVC). Além disso, os estudos verificaram que os pacientes não diabéticos ou pré-diabéticos tiveram menor incidência de diabetes tipo 2 com uso do medicamento. As complicações microvasculares, como retinopatia, nefropatia e neuropatia também foram reduzidas”, explica o Dr. Marcio Mancini, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).
A lorcasserina é um agonista, ou seja, um ativador de um receptor dos neurônios POMC, que são neurônios que produzem uma substância redutora do apetite. “Esse medicamento tem uma ação anorexigênica, de diminuir o apetite e, com isso, o paciente come menos”, comenta Dr. Mancini.
Durante os estudos para liberação do medicamento ficou estabelecido que a melhor dose para o tratamento seria um comprimido de 10 mg pela manhã e outro à noite.
A lorcasserina foi aprovada porque pelo menos 35% dos pacientes perderam 5% do peso, e essa perda foi mais do que o dobro em relação aos pacientes que tomaram o placebo. Segundo o endocrinologista, essa nova linha terapêutica para tratamento do sobrepeso e obesidade tem poucos efeitos colaterais e baixo potencial de interação medicamentosa.
Nos estudos feitos com 12 mil pacientes seguidos por uma média de 3,3 anos, cefaleia e tontura ocorreram apenas em 1% deles. A continuação do tratamento com a lorcasserina deve ser mantida se o paciente perder pelo menos 5% do peso nas primeiras 12 semanas de tratamento.
A melhora do diabetes ocorreu logo nas primeiras semanas de tratamento mesmo quando a perda de peso ainda não havia sido significativa. “Uma hipótese é que a lorcasserina tenha um efeito melhorando a glicose no sangue dos diabéticos diminuindo a glicemia por ativação desses neurônios, levando a maior secreção de insulina”, explica o médico que é especialista em tratamento da obesidade.
A lorcasserina vai ser comercializada em caixas com 60 comprimidos, suficientes para 30 dias de tratamento.
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