Saúde 4.0: a expressão, que traz à tona a evolução inerente ao setor, demonstra como as novas tecnologias têm revolucionado a jornada do paciente, desde a eficiência do diagnóstico até a qualidade do tratamento. Nesse cenário digital, as chamadas healthtechs – empresas que desenvolvem soluções inovadoras para o segmento da saúde – desempenham um papel de destaque para liderar as mudanças no segmento.
Robótica, realidade virtual, Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial (IA), Big Data – se esses termos remontam ao universo da ficção científica, na prática eles se referem a tecnologias já aplicadas em farmácias, hospitais, clínicas e laboratórios todos os dias.
Pacientes digitais, cuidados cada vez mais inovadores: com essa premissa, as healthtechs vão de encontro ao conceito de “saúde 4.0” da própria Organização Mundial da Saúde (OMS), que o define como o “campo de conhecimento associado com o desenvolvimento e uso de novas tecnologias para melhorar o setor”.
Para se ter uma ideia da urgência da adaptação às rápidas transformações, a OMS publicou recentemente o primeiro relatório global sobre a inteligência artificial na saúde , incluindo diretrizes para seu uso ético, alertas sobre seus riscos e orientações para o máximo aproveitamento dos benefícios da tecnologia.
Muitas dessas ferramentas inovadoras, vale destacar, têm sido destinadas a grandes centros médicos e de tratamento, buscando construir uma verdadeira jornada digital do paciente. A experiência inclui o uso de prontuário eletrônico, sistemas integrados com laboratórios e clínicas de imagem, prescrição de exames informatizados e ferramentas de Big Data e IA que auxiliam na tomada de decisões, entre diversos outros recursos.
É importante mencionar, ainda, as soluções que vieram à tona com a pandemia da COVID-19 e que colocaram o paciente no centro do jogo. Não há como negar, afinal, que a crise sanitária escancarou uma necessidade evidente de se inovar na área. É o caso de tecnologias como a telemedicina, que ganhou grande relevância por ser uma alternativa ao atendimento médico presencial. Em um contexto de isolamento, destacaram-se as soluções de acesso à saúde via canais digitais, aliando comodidade e segurança. Não por acaso, a tendência deve permanecer no pós-pandemia.
Outro exemplo são os aplicativos que têm como função monitorar a saúde dos indivíduos e/ou conscientizar a população, como o Coronavírus SUS, desenvolvido pelo Governo Federal. Para melhorar a experiência do paciente na era digital, se destacam também as farmácias online que apostam em praticidade, atendimento remoto e delivery programado de medicamentos para melhorar a adesão ao tratamento, como é o caso da healthtech Far.me.
Diante desse cenário, com todas as transformações tecnológicas provocadas pela digitalização, um dos principais impactos é mesmo no papel do indivíduo ou paciente, que deixa de ser mero coadjuvante e passa a participar ativamente do seu tratamento.
Isso evidencia que, apesar da Saúde 4.0 estar pautada pela conectividade, existe ainda a necessidade de um atendimento mais humano, uma vez que essa participação tende a fazer com que o processo, como um todo, seja uma via de mão dupla. As mudanças, vale lembrar, também sinalizam para um futuro mais automatizado: nessa perspectiva, o paciente se deslocará cada vez mais para o centro de toda a jornada de cuidados com a saúde.
*Farmacêutica e co-fundadora e CEO da Far.me, Samila Dornellas uniu sua experiência no meio hospitalar e na indústria de medicamentos ao propósito de criar soluções para que as pessoas sigam o tratamento medicamentoso com mais segurança e tranquilidade.
A Far.me é a primeira plataforma de compra de medicamentos recorrentes no Brasil. A empresa fornece um serviço individual e personalizado para pacientes que utilizam remédios contínuos. Fundada em 2018, nasceu do sonho de três amigas farmacêuticas que se formaram juntas na Faculdade de Farmácia da UFMG. Ao longo da caminhada profissional, uma descoberta: a demanda não atendida da população que usa múltiplos medicamentos contínuos por dia.
Fonte: PiaR COMUNICAÇÃO
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