Capa » Notícias » Hérnia de disco: a doença que todo mundo acha que tem

Hérnia de disco: a doença que todo mundo acha que tem

Falta de entendimento, diagnóstico errado e iatrogenia, está criando uma geração “adoentada”. 

O discurso é bastante comum. Basta sentir dores na região lombar que o paciente já se caracteriza como mais um portador de hérnia de disco, limitando sua vida com base nisso. O indício de dores em determinadas regiões faz com que o paciente acredite ser uma doença específica, e que na verdade e na maioria dos casos, pode ser decorrente de diversos outros problemas, as vezes mais simples, as vezes mais graves. Por essa razão, é imprescindível a avaliação correta de uma profissional, somada a exames mais específicos.

De acordo com o fisioterapeuta e diretor do ITC Vertebral Guarulhos, Dr. Bernardo Sampaio, é comum receber pessoas que se autodiagnosticam com a hérnia. “Diariamente chegam pacientes que afirmam ter hérnia de disco por conta de fortes dores na região, parecidas com a que um amigo que tem a patologia sente. Mas logo após uma avaliação, percebe-se que não existem sinais da doença, apenas dores lombares causadas por atividades cotidianas feitas de forma inadequada e a solução está em um tratamento simples” – afirma o fisioterapeuta.

Isso não quer dizer que uma dor na coluna deva ser ignorada, pelo contrário, dores na coluna precisam de atenção e cuidados para que não evoluam para condições mais limitantes e de diferentes gravidades.

Dependendo do estágio da ruptura do material fibrocartilaginoso, a hérnia de disco pode ser considerada grave, por isso, antes de se auto intitular “portador” é preciso conhecer os seus sintomas, como: persistência da dor por um tempo prolongado;  piora considerável da dor em atividades simples do dia a dia; formigamentos e dormências nos membros inferiores ou superiores; perda de controle da bexiga ou do intestino; sensação  de pernas ou os braços pesados e sem força, além de dores de cabeça associadas a dores na região da nuca e que se prolongam para os ombros. Salvo as exceções de pacientes assintomáticos.

A classificação didática para os estágios da evolução ou regressão. Sim; regressão das hérnias de disco pode não estar associada aos sintomas apresentados para o paciente. De forma que, em casos em que o tamanho da hérnia é significativo, pode haver menos sintomas do que em uma pessoa que apresente uma hérnia maior (em exames de imagem). Inclusive, existem muitos casos onde a pessoa apresenta uma herniação na imagem e não tem sintomas, portanto, associar os sintomas somente com a presença de hérnia de disco pode ser um diagnóstico equivocado.

Outros falsos diagnósticos também podem surgir por overdiagnosis (excesso de diagnósticos) e pela má interpretação de exames laboratoriais. O ideal é que o paciente procure um fisioterapeuta para uma avaliação funcional completa, com uma avaliação clínica criteriosa, onde o profissional examina a região e faz perguntas cruciais, além de ressonância magnética que é capaz de dizer se o estágio da ruptura do material fibrocartilaginoso tem relação com os sintomas atuais e somada a outros sintomas de ordem neurológica, é detectada ou não, verdadeiramente a hérnia.

“O fato é, muita gente afirma ter, mas não tem. E isso é ótimo! Sofrer com a hérnia de disco não é tão fácil quanto parece e requer tratamento e dedicação para uma boa recuperação. A melhor forma de se livrar dessa desconfiança é procurar profissionais que avaliem de forma correta e tomem as providências necessárias” – resume.

É importante salientar que existe tratamento e que apesar de ocasionar limitação funcional (por um período), isso não é o fim do mundo, pois a hérnia de disco não é uma patologia grave, mas sim, uma condição.

 

Bernardo Sampaio: Fisioterapeuta pela PUC-Campinas (Crefito: 125.811-F), diretor clínico do ITC Vertebral e do Instituto Trata, unidades de Guarulhos, Bernardo Sampaio é também professor do curso de pós graduação em fisioterapia traumato-ortopédica do Instituto Imparare e do curso de fisioterapia do Centro Universitário ENIAC (Guarulhos) e também leciona como convidado nos cursos de pós-graduação na Santa Casa de São Paulo. Possui experiência em fisioterapia ortopédica, traumatologia e esporte; e especialização em fisioterapia músculo esquelética, aprimoramento em membro superior e oncologia ortopédica pela Santa Casa de São Paulo. Mestrando em ciências da saúde pela faculdade de ciências médicas da santa casa de são Paulo. Saiba mais em: www.institutotrata.com.br  e www.itcvertebral.com.br

Fonte:| Publikaí Comunicação & Marketing

Para ler mais sobre sua saúde, clique aqui.

Sua saúde física e mental,  medicamentos, farmácias e drogarias estão no Portal Remédios com atualizações diárias a qualquer momento.

As informações veiculadas neste Portal de Notícias  têm caráter apenas informativo e não podem substituir, em qualquer hipótese, as recomendações do médico ou farmacêutico nem servir de subsídio para efetuar um diagnóstico médico ou estimular a automedicação. O médico é o único profissional competente para prescrever o melhor tratamento para o seu paciente. Não se automedique, consulte sempre um Médico ou Farmacêutico em suas respectivas áreas de responsabilidade.

As informações veiculadas neste Portal de Notícias são de responsabilidade exclusiva das fontes citadas para todos os fins legais, sejam Assessorias de Imprensa, Marketing, Profissionais ou não, ou quaisquer outras, e não caracterizando em nenhum momento opinião, recomendação, aval ou informação de responsabilidade dos realizadores deste Portal de Notícias.

 

Sobre admin

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Required fields are marked *

*

Receba nossa newsletter e fique por dentro das novidades do mercado Clique aqui