Junho é o Mês da Conscientização Mundial do Lipedema. Estima-se que 5 milhões de mulheres no Brasil tenham a doença e não sabem; Atinge quase que exclusivamente este público, pois está associado a um padrão hormonal feminino.
Para o movimento que celebra o Mês de Conscientização Mundial da doença, mulheres com Lipedema estão dando depoimentos sobre como foi receber o diagnóstico e como é conviver com a doença todos os dias
A ideia é apresentar a doença para a sociedade e lutar pelo tratamento gratuito, que não existe no Brasil
São Paulo, junho de 2021 – Junho é o Mês da Conscientização Mundial do Lipedema, uma doença progressiva pouco conhecida no país, causada por acúmulo de gordura nos braços, pernas e quadris, que provoca, entre muitos sintomas, dores, hematomas e dificuldade de locomoção. Estima-se que cerca de 5 milhões de mulheres no Brasil tenham a doença e não sabem, já que é confundida na maioria dos casos com obesidade, pela falta de conhecimento da classe médica. Por conta disso, o Instituto Lipedema Brasil (www.institutolipedemabrasil.com.br), o primeiro centro de referência da doença no país, criou um movimento online para apresentar a doença para a sociedade, mobilizar todas essas mulheres e lutar pelo tratamento gratuito no país, que – atualmente – não existe.
Depoimentos nas redes – Para o movimento que celebra o Mês de Conscientização Mundial da doença, mulheres com Lipedema estão concedendo depoimentos nos canais do Instituto @lipedemabrasil sobre como foi receber o diagnóstico da doença. “Queremos falar sobre isso. Queremos que as pessoas conheçam a doença pelos olhos de algumas das mulheres que sofrem com o Lipedema e como elas convivem com isso todos os dias. Algumas podem fazer o tratamento, outras não. O direito ao tratamento gratuito é direito de todas essas 5 milhões de brasileiras”, comenta o diretor do Instituto Lipedema Brasil, dr. Fábio Kamamoto, um dos poucos especialistas no tratamento da doença no país.
Para isso, foi criada uma campanha online que visa ajudar as 5 milhões de mulheres com a doença no país a conseguirem o tratamento via SUS ou pelos convênios médicos: www.change.org/LIPEDEMA-Acesso-ao-tratamento
Durante todo o mês de junho, o movimento contemplará também ações online com a participação de especialistas nacionais e internacionais, que debaterão sobre a doença, além de depoimentos de mais pessoas com Lipedema. O objetivo é transmitir mensagens importantes de apoio, de conscientização e compartilhar declarações para que todas essas mulheres – as que sabem que têm a doença e não podem fazer o tratamento, e as que ainda não sabem – não se sintam sozinhas.
Dados sobre o Lipedema – A realidade no Brasil
Um dos problemas é o diagnóstico equivocado. Segundo estudo recente*, apenas 9% dos médicos estavam aptos a fazer o diagnóstico da doença;
Costuma ser confundida com obesidade em 75% das pacientes ouvidas no estudo;
63% das pacientes revelaram histórico familiar da doença, algumas vezes acometendo três gerações: avó, mãe e a paciente, evidenciando a tese de que a doença pode ser genética.
O Lipedema não é uma doença estética e, por isso, demanda tratamentos clínico e cirúrgico;
A doença não é fatal, mas atrapalha a qualidade de vida da mulher de tal forma, que pode desencadear distúrbios como depressão, obesidade, perda de mobilidade e redução de auto estima.
O estudo revelou que 94% das pacientes ouvidas relataram limitação física e impacto psicossocial devido à doença;
O Lipedema deverá ser incluído apenas no próximo Código Internacional de Doenças (CID 11) em 2024;
Não há tratamento gratuito para a doença no SUS ou pelos convênios médicos;
No Brasil, há poucos médicos especialistas no tratamento da doença;
O que é o Lipedema?
O Lipedema é uma doença progressiva causada por acúmulo de gordura em regiões específicas do corpo como braços, pernas e quadris, que provoca sofrimento físico e psicológico. É confundida muitas vezes com obesidade, por falta de conhecimento e de informação da classe médica. O Lipedema atinge quase que exclusivamente o público feminino, pois está associado a um padrão hormonal feminino. A doença deverá ser incluída no próximo Código Internacional de Doenças (CID 11) em 2024. Atualmente, há dois tipos de tratamento para o Lipedema, o clínico – com técnicas que amenizam a dor (por meio de dietas anti-inflamatórias e exercícios físicos), e o cirúrgico, que remove as células de gordura.
@lipedemabrasil
Instituto Lipedema Brasil
Fonte: clinicakamamoto
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